Em Boca Fechada Não Entra Mosquito

Nossa, em tão pouco tempo estou atualizando isso aqui como nunca! Dá um tédio ás vezes e tenho que passar algo para cá, como se eu estivesse conversando comigo mesmo.
Mas esse texto fala sobre algo que nunca me acostumei a fazer na minha vida antes e tenho feito muito ultimamente, que é falar sem pensar, meio regido pela impulsividade... Mas sabemos as consequências desse tipo de atitude. De fato, nos sentimos aliviados por expulsar aquilo que tanto nos incomoda o interior, mas costuma ser deixado pelo caminho um rastro de destruição quando isso acontece. Corações destruídos. Sentimentos ruins. Mas ás vezes é o preço a se pagar quando se gosta de alguém a ponto de ter que se falar a verdade para aquela(s) pessoa(s)...
Sem mais delongas, aí vai o texto de um autor chamado Carlos Alberto Guilherme:

Em boca fechada não entra mosquito

Para não cair em contradições, quem mente tem que ter boa memória. “Jamais diga uma mentira que não possa provar” (Millôr Fernandes). Diz o velho ditado: “Quem tem telhado de vidro não joga pedra no telhado dos outros”. Algumas pessoas falam sem pensar e falar sem pensar é o mesmo que atirar sem mirar. Devemos lembrar que a palavra é de prata, o silencio é de ouro. Quando você for falar, tome cuidado para que sua palavra seja melhor que o silêncio. Lembre-se, uma palavra pode ferir mais que uma espada e mais: Quem atira lama fica com as mãos sujas. Interessante observar que algumas pessoas usam do cinismo uma forma cruel de dizer a verdade. Por outro lado, muitas verdades são ditas em tom de brincadeiras. Às vezes, os homens inventam uma mentira e dezenas deles a propagam como verdades. Ao contrário da verdade, a mentira desenvolve a imaginação: Falar é fácil, o difícil é mentir bem. Sobre esse tema lembrou um escritor: “Nem toda verdade se diz”. Qualquer um sabe dizer a verdade, mas é preciso inteligência para mentir. Preste bem atenção neste ditado: “Quem mente a favor de uma pessoa será capaz de mentir contra ela.
Uma mulher tanto falou que seu vizinho era ladrão que o rapaz acabou preso. Dias depois, descobriram que era inocente. O rapaz processou a mulher.
“Comentários não causam tanto mal”, disse ela para o juiz.
“Escreva os comentários num papel”, respondeu o juiz. “Depois pique e jogue os pedaços no caminho de casa. Amanhã, volte para ouvir a sentença”. A mulher obedeceu e voltou no dia seguinte. “Antes da sentença, terá que catar os pedaços de papel que espalhou ontem”, disse o juiz. “Impossível”, respondeu ela. “Já não sei onde estão.”
“Da mesma maneira, um simples comentário pode destruir a honra de um homem, e depois você não tem como consertar o mal, respondeu o juiz, condenando a mulher à prisão”. Mentira tem perna curta, mas convenhamos: É extremamente desagradável. Toda historia têm três versões: A sua, a minha e a verdadeira. Trocando em miúdos: Em boca fechada não entra mosquito.
É mais fácil destruir do que construir. Um palito de fósforo pode incendiar um palácio que exigiu o trabalho de milhares de pessoas e demorou décadas para ser construído. Um simples toque de um inconseqüente destrói tudo em poucas horas. As palavras, uma vez proferidas, não podem ser chamadas de volta. Não tem retorno. Quem ofende esquece, o ofendido não. um ditado avisa: “Uma língua maldosa é pior do que uma mão perversa”. Se não podemos dizer nada de positivo sobre uma pessoa, é melhor não dizer nada. Um conselho muito difícil de ser obedecido. O melhor remédio para as injúrias é esquecê-las. Os americanos, entretanto, preferem uma boa indenização.
Os que crêem na sabedoria da natureza argumentam: “Temos dois ouvidos e apenas uma boca para ouvir mais e falar menos”. Além disso, o ouvido não foi feito para fechar, mas a boca foi. O silêncio nunca erra. Todos gostam de falar, mas poucos se esforçam para ouvir, esquecendo que ouvir traz sabedoria e falar, arrependimento. Para fazer inimigos, fale; para fazer amigos, ouça. A vida me ensinou e continua me ensinando muitas coisas: Aprendi que devemos usar palavras suaves e macias, talvez amanhã, tenhamos que engoli-las.